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Segurança de Websites: Tendências de 2024 e Cenário de Ameaças em 2025

Em resposta à procura por informações de segurança cibernética para o ano de 2025, este relatório consolida os dados parciais mais recentes disponíveis. Embora um relatório anual completo para 2025 ainda não esteja concluído, uma análise extensiva dos dados do primeiro trimestre e do primeiro semestre de 2025, fornecida pelas principais empresas de segurança, pinta um quadro claro e alarmante do cenário de ameaças em evolução. Este documento sintetiza essas descobertas, contextualizando-as com as tendências definitivas de 2024 para fornecer uma visão abrangente e acionável da segurança de websites. A análise abrange ameaças cibernéticas gerais, vulnerabilidades específicas do ecossistema WordPress, as principais campanhas de malware e recomendações estratégicas de defesa.

Principais Descobertas para o Primeiro Semestre de 2025

Os dados do primeiro semestre de 2025 indicam uma aceleração e sofisticação das ameaças observadas em 2024. As principais tendências incluem:

  • Ressurgimento do Ransomware: O primeiro trimestre de 2025 testemunhou uma atividade de ransomware recorde, com mais de 2.241 vítimas publicadas em sites de vazamento. Este aumento foi impulsionado por grupos especializados como o Cl0p, que exploraram vulnerabilidades de alta severidade em massa, demonstrando a capacidade de um único grupo de causar um impacto desproporcional no cenário global.
  • A Crise da “Velocidade da Vulnerabilidade”: A divulgação de vulnerabilidades continua a aumentar, com um crescimento de 41% ano a ano no primeiro trimestre. Mais criticamente, a janela de tempo entre a divulgação de uma falha e sua exploração diminuiu drasticamente. Dados do primeiro trimestre de 2025 mostram que 28,3% das Vulnerabilidades Exploradas Conhecidas (KEVs) foram atacadas no prazo de um dia após a sua divulgação pública, tornando as estratégias de remediação reativas cada vez mais obsoletas.
  • O Adversário Potencializado por IA: A Inteligência Artificial (IA) consolidou-se como uma ferramenta ofensiva chave. Os agentes de ameaças estão a utilizar a IA para gerar novas estirpes de malware, como o ransomware FunkSec, criar campanhas de deepfake altamente convincentes para fraude financeira e automatizar ataques em grande escala, aumentando a sua eficiência e alcance.
  • O Ecossistema WordPress Sob Cerco: Os Sistemas de Gestão de Conteúdo (CMS) foram a principal categoria de novas KEVs no primeiro trimestre de 2025. Dentro deste ecossistema, o Cross-Site Scripting (XSS) continua a ser o tipo de vulnerabilidade mais comummente relatado em plugins e temas do WordPress, representando a maior superfície de ataque para milhões de websites.

Recomendações Estratégicas de Alto Nível

A natureza das ameaças em 2025 exige uma mudança fundamental na abordagem de segurança, passando de uma postura reativa para uma estratégia de defesa proativa e em camadas.

  • A implementação de um Web Application Firewall (WAF) com capacidades de virtual patching (correção virtual) já não é opcional, mas sim uma defesa primária e não negociável contra explorações de dia zero e N-day, que ocorrem mais rapidamente do que os ciclos de correção manuais conseguem acompanhar.  

Retrospetiva de 2024: Preparando o Terreno para uma Nova Era de Ameaças

O Ano da Vulnerabilidade Sem Precedentes

O ano de 2024 marcou um ponto de viragem no cenário de segurança do WordPress, caracterizado por um crescimento explosivo na divulgação de vulnerabilidades que estabeleceu a base para as tendências aceleradas observadas em 2025.

  • Os Dados: Em 2024, foram publicadas 8.223 novas vulnerabilidades na base de dados da Wordfence Intelligence, representando um aumento impressionante de 68% em relação a 2023. A Patchstack corrobora esta tendência, relatando 7.966 novas vulnerabilidades no mesmo período. Este aumento vertiginoso não se deve necessariamente a uma degradação do software, mas sim ao crescimento de programas de bug bounty e a um maior número de investigadores de segurança a examinar o ecossistema, trazendo mais falhas à luz.

  • A Origem da Ameaça: A esmagadora maioria destas falhas teve origem em componentes de terceiros, e não no núcleo do WordPress. Os dados da Patchstack mostram que 96% das vulnerabilidades foram encontradas em plugins e 4% em temas. Este facto expõe o paradoxo central do WordPress: a sua maior força — a extensibilidade através de um vasto ecossistema de plugins — é também a sua principal superfície de ataque. Enquanto o núcleo do WordPress é considerado muito seguro e auditado regularmente por centenas de desenvolvedores, a segurança geral de um site depende fortemente da qualidade do código dos plugins e temas instalados.
  • Severidade e Exploração: Embora 81% das vulnerabilidades de 2024 tenham tido uma pontuação CVSS ‘Média’, um dado mais alarmante é que 34% exigiam apenas acesso de nível ‘Colaborador’ para serem exploradas, uma função de utilizador comum em muitos sites. Ainda mais preocupante, a Patchstack descobriu que mais de 43% das novas vulnerabilidades não exigiam qualquer autenticação para serem exploradas, tornando-as alvos ideais para ataques automatizados em massa.
  • A Epidemia de Falhas por Corrigir: Um número impressionante de 35% de todas as vulnerabilidades divulgadas em 2024 permaneceram sem correção no início de 2025. Muitas destas falhas residem em plugins abandonados pelos seus desenvolvedores, que provavelmente nunca receberão uma correção, criando uma ameaça permanente e latente para qualquer site que ainda os utilize.

A análise destes dados revela uma divergência crítica: enquanto o núcleo do WordPress permanece relativamente seguro, a segurança do ecossistema como um todo está a degradar-se devido à “cauda longa” de plugins de terceiros vulneráveis. O volume de divulgações ultrapassou a capacidade dos desenvolvedores de corrigirem e dos utilizadores de atualizarem atempadamente. Esta falha sistémica cria um ambiente fértil para exploração em massa, como demonstrado pelas estatísticas de infeção de 2024. Fica claro que uma estratégia de segurança focada apenas no núcleo do WordPress é fundamentalmente falha; a segurança deve ser abordada a partir de uma perspetiva de ecossistema, com um forte enfoque na verificação, gestão e proteção dos componentes de terceiros.

  • Métrica de Vulnerabilidade

  • 2023

  • 2024

  • Variação Ano a Ano

  • Total de Vulnerabilidades Divulgadas

  • 4.833

  • 8.223

  • +68%

  • % Originada em Plugins

  • 97%

  • 96%

  • -1%

  • Anatomia de um Compromisso: Campanhas de Malware Dominantes de 2024

    A proliferação de vulnerabilidades não corrigidas em 2024 traduziu-se diretamente num aumento maciço de infeções de websites. Um relatório anual da GoDaddy, baseado em dados da sua subsidiária Sucuri, oferece uma visão macro de como estas vulnerabilidades foram exploradas em larga escala.

    • Escala da Infeção: Com base em mais de 70,8 milhões de varrimentos remotos globais, o relatório identificou 1.176.701 websites infetados em 2024. O malware e os redirecionamentos maliciosos foram a ameaça dominante, encontrados em 74,7% (822.651) destas infeções, demonstrando que o objetivo principal dos atacantes era sequestrar o tráfego dos visitantes.
    • Análise de Campanha: Balada Injector: Esta foi uma das ameaças mais prevalentes, com 149.351 infeções detetadas. A campanha visa especificamente o WordPress, explorando vulnerabilidades em plugins para injetar JavaScript ofuscado. A sua sofisticação reside num sistema de filtragem de tráfego multicamadas que analisa agentes de utilizador, endereços IP e características do navegador para evitar a deteção por parte de administradores e scanners, enquanto redireciona os visitantes para uma variedade de esquemas, como fraudes de suporte técnico, notificações push falsas e sites de encontros fraudulentos.
    • Análise de Campanha: SocGholish e Sign1: A SocGholish foi responsável por 147.332 infeções, frequentemente utilizando iscos de engenharia social, como falsas atualizações de navegador, para enganar os utilizadores. A campanha Sign1, com 96.084 infeções, também se focou no WordPress, abusando de plugins legítimos que permitem a inserção de código personalizado para injetar os seus scripts maliciosos.
    • Ameaças Emergentes: Para além do malware tradicional, o relatório destacou o aumento do SEO Spam, encontrado em 38,4% das infeções. Estas campanhas, como as de spam japonês que criam vastas redes de páginas de entrada (doorway pages) e conteúdos de jogo geo-direcionados, manipulam os motores de busca para fins maliciosos. Adicionalmente, a emergência de Web3 Crypto Drainers indica que os atacantes estão a explorar ativamente novos métodos de monetização, visando utilizadores de criptomoedas através de websites comprometidos.

    A ligação entre as vulnerabilidades e as infeções é direta e inegável. O aumento de 68% na divulgação de vulnerabilidades , combinado com o facto de 96% destas estarem em plugins e 35% permanecerem sem correção , criou um vasto reservatório de alvos fáceis. O relatório da GoDaddy, com a sua contagem de mais de 1,1 milhões de sites infetados , é a consequência direta desta falha sistémica. A conclusão é que a negligência na gestão do ecossistema de plugins é o principal motor por trás da epidemia de infeções de websites.

    Briefing de Inteligência do Primeiro Semestre de 2025: As Novas Linhas da Frente

    Os dados parciais, mas altamente indicativos, do primeiro semestre de 2025 confirmam que as tendências de 2024 não só continuam, como também estão a acelerar e a evoluir em sofisticação. O cenário de ameaças tornou-se mais focado, estratégico e perigoso.

    O Adversário Potencializado por IA e a Profissionalização do Cibercrime

    A paisagem do primeiro trimestre de 2025 foi marcada por ameaças mais focadas e estratégicas, refletindo a crescente sofisticação dos atacantes.

    • Evidência de Sofisticação: Grupos de ameaças financeiras como o CryptoCore executaram campanhas altamente refinadas, combinando vídeos deepfake de figuras públicas, contas de YouTube comprometidas e websites clonados profissionalmente. Uma campanha recente resultou em lucros ilícitos estimados em 3,8 milhões de dólares. Esta abordagem multifacetada demonstra um nível de planeamento e execução que se assemelha a operações empresariais legítimas.
    • IA em Ação: O uso de IA na ofensiva já não é teórico. A estirpe de ransomware FunkSec, que surgiu no primeiro trimestre de 2025, foi alegadamente parcialmente gerada com recurso a Modelos de Linguagem Grandes (LLMs). Isto assinala uma nova era de criação de malware automatizado e adaptativo. Os atacantes também estão a usar personas geradas por IA para conferir legitimidade a burlas nas redes sociais, tornando-as mais difíceis de detetar.
    • A Exfiltração de Dados como Prioridade: Os agentes de ameaças estão cada vez mais a dar prioridade à exfiltração de dados em vez da simples encriptação. Estão também a tornar-se mais hábeis em ocultar as suas identidades, o que aumenta a probabilidade de pagamento de resgates. No primeiro trimestre de 2025, os eventos de violação de dados aumentaram 36% em relação ao trimestre anterior, enquanto o número total de registos violados (como e-mails, palavras-passe, etc.) disparou 186%.

    O Reinado Contínuo do Ransomware

    O ransomware continuou a sua trajetória ascendente, atingindo novos picos de atividade no início de 2025.

    • O Aumento do Primeiro Trimestre de 2025: Os ataques de ransomware continuaram a crescer em frequência, com um número alarmante de 2.241 vítimas publicadas em sites de vazamento entre 1 de janeiro e 30 de março de 2025. Este número é corroborado por outro relatório da GRIT, que registou 2.063 vítimas no mesmo período.
    • Estudo de Caso: O Grupo Cl0p: Um dos principais impulsionadores deste pico foi a exploração em massa de duas vulnerabilidades críticas (CVE-2024-50623 e CVE-2024-55956, ambas com uma pontuação CVSS de 9.8) pelo grupo de ransomware Cl0p. Esta única campanha levou à publicação de pelo menos 373 vítimas em sites de vazamento, demonstrando o impacto imenso que um único grupo bem-financiado pode ter ao explorar falhas de alta severidade.

    O Ecossistema WordPress Sob Ataque no Primeiro Semestre de 2025

    O ecossistema WordPress continuou a ser um alvo principal, com atacantes a explorar ativamente as vulnerabilidades deixadas por corrigir do ano anterior.

    As Vulnerabilidades Mais Exploradas do Primeiro Trimestre de 2025

    Um relatório da Patchstack, analisado pela BleepingComputer, revelou as falhas específicas que os atacantes mais visaram. Notavelmente, todas são vulnerabilidades corrigidas em 2024, mas que permanecem sem patch em muitos websites, tornando-as alvos fáceis.

    A Ameaça por Corrigir: Uma Visão de Junho de 2025

    Os relatórios semanais da Wordfence de junho de 2025 fornecem um retrato em tempo real do problema contínuo das vulnerabilidades.

    • Volume: Numa única semana (9-15 de junho), foram divulgadas 137 novas vulnerabilidades. Na semana seguinte (16-22 de junho), foram divulgadas mais 131.
    • Tipo Dominante: Em todos os relatórios semanais, o tipo de vulnerabilidade mais comum, por uma margem significativa, é o CWE-79: Neutralização Inadequada de Entrada Durante a Geração de Páginas Web (‘Cross-site Scripting‘).
    • A Proporção de Falhas por Corrigir: Os dados mostram consistentemente uma elevada proporção de falhas sem correção. Na semana de 16 a 22 de junho, uns preocupantes 68,7% das vulnerabilidades recém-divulgadas permaneciam sem correção.

    A análise dos dados de 2025 revela a “crise da velocidade da vulnerabilidade”. Um relatório da VulnCheck do primeiro trimestre mostra que 28,3% das KEVs foram exploradas no prazo de 1 dia após a divulgação do seu CVE. Esta métrica crítica altera todo o paradigma de segurança. Os relatórios de 2024 estabeleceram um elevado volume de vulnerabilidades por corrigir. Os relatórios do primeiro trimestre de 2025 mostram que os atacantes estão agora a explorá-las mais rapidamente do que nunca. O relatório da BleepingComputer fornece exemplos concretos disto, onde falhas de 2024 são as mais exploradas no primeiro trimestre de 2025. Isto prova a ligação causal direta: o backlog de vulnerabilidades por corrigir do ano anterior torna-se a lista de alvos primária para o ano corrente, e os atacantes estão a percorrer essa lista com uma velocidade crescente. Esta realidade torna a correção manual de falhas, para qualquer organização de dimensão significativa, operacionalmente impossível como principal meio de defesa, reforçando a necessidade de soluções de segurança automatizadas e proativas.

    Uma Estrutura para a Resiliência Cibernética em 2025

    Segurança Fundamental (Os Inegociáveis)

    A base de qualquer postura de segurança robusta assenta em práticas fundamentais que, embora básicas, são frequentemente negligenciadas.

    • Disciplina de Atualização: A primeira linha de defesa continua a ser a manutenção diligente do software. Manter o núcleo do WordPress, bem como todos os plugins e temas, atualizados é crucial. As atualizações frequentemente contêm correções para vulnerabilidades de segurança conhecidas. Embora isto por si só não seja uma solução completa, é um passo preventivo essencial.

    • Autenticação Forte: A aplicação de palavras-passe fortes e, criticamente, a Autenticação de Dois Fatores (2FA) para todos os utilizadores, especialmente administradores, é uma das medidas mais eficazes para mitigar ataques de acesso não autorizado. A adoção generalizada de 2FA é um dos principais fatores para a diminuição da eficácia dos ataques de força bruta.

    • Hospedagem Segura: A segurança começa ao nível do servidor. Um fornecedor de hospedagem seguro oferece um ambiente reforçado (hardened), utiliza as versões mais recentes e seguras de PHP (PHP 8.2 ou superior é recomendado para desempenho e segurança) e pode incluir funcionalidades de segurança ao nível do servidor que fornecem uma camada de proteção adicional.

    Camadas de Defesa Proativas (Os Essenciais Modernos)

    Dada a velocidade com que as ameaças evoluem, as práticas fundamentais devem ser complementadas por camadas de defesa proativas.

    • O Web Application Firewall (WAF): Um WAF funciona como um escudo, posicionado entre a internet e o seu website, para filtrar tráfego HTTP malicioso antes que este chegue ao seu servidor. Ele inspeciona os pedidos à procura de padrões de ataque conhecidos, como injeção de SQL e Cross-Site Scripting (XSS), e bloqueia-os.

      • Papel Crítico em 2025: A importância do WAF está diretamente ligada à “crise da velocidade da vulnerabilidade“. Com 28,3% das vulnerabilidades a serem exploradas no prazo de um dia , a correção manual é demasiado lenta. Um WAF com atualizações de regras em tempo real (como os oferecidos pela Sucuri ou Wordfence) fornece correção virtual (virtual patching). Isto significa que pode bloquear uma exploração para uma vulnerabilidade recém-descoberta, mesmo antes de uma correção de software estar disponível ou ser aplicada pelo utilizador. Esta é a chave para sobreviver à janela de exploração de 24 horas.
    • Varrimento Contínuo: É essencial utilizar scanners de segurança, tanto remotos (como o Sucuri SiteCheck) como do lado do servidor (como os scanners da Wordfence ou MalCare). Estes scanners detetam malware, backdoors, injeções de SEO spam e outras anomalias que possam ter contornado outras defesas, fornecendo uma visão completa da integridade do site.

    • Higiene de Plugins e Temas: Para além de “atualizar”, uma estratégia proativa envolve a auditoria regular e a remoção de plugins e temas não utilizados ou abandonados. Cada componente adicional aumenta a superfície de ataque do site; minimizá-los é uma forma eficaz de reduzir o risco.

    A Rede de Segurança Final: Backup e Recuperação de Desastres

    Mesmo com as melhores defesas, as violações podem ocorrer. Uma estratégia de backup e recuperação é a rede de segurança final que garante a continuidade do negócio.

    • O Imperativo dos Backups: Os backups não devem ser vistos como uma tarefa de manutenção, mas como um componente crítico da resiliência empresarial. A perda de dados pode ocorrer devido a ataques, falhas de servidor, atualizações problemáticas ou erro humano.

    • A Falha dos Backups Locais: Um erro crítico é armazenar os backups no mesmo servidor que o site ativo. Se o servidor for comprometido por um hacker ou sofrer uma falha catastrófica, os backups serão perdidos juntamente com o site. É o equivalente a guardar a chave suplente de casa dentro da própria casa.
    • A Estratégia de Backup Externo (Offsite): A prática recomendada é armazenar múltiplas cópias de backups regulares num local separado e seguro, fora do ambiente de hospedagem principal. Isto pode ser feito através de armazenamento na nuvem (como Amazon S3, Dropbox) ou utilizando um serviço de backup dedicado (como VaultPress/Jetpack Backup ou UpdraftPlus). Esta separação garante que os dados estão seguros mesmo em caso de um desastre total do servidor.

    A implementação de uma estratégia de segurança moderna revela um sistema integrado e em camadas, onde cada componente aborda um modo de falha diferente. Os dados mostram que as atualizações por si só são demasiado lentas para combater as explorações rápidas , o que exige um WAF para bloqueio em tempo real. No entanto, os WAFs não são perfeitos, pelo que são necessários scanners para detetar o que passa. Se um scanner encontrar algo, ou se o site for destruído, são necessários backups para a recuperação. E esses backups devem ser externos para estarem a salvo do desastre inicial. Esta cadeia lógica e interdependente de defesas forma a base da resiliência cibernética. A complexidade da gestão eficaz deste sistema em camadas cria um forte argumento para serviços de segurança geridos (como a Plataforma Sucuri, Virusdie ou Wordfence Care/Response) ou hospedagem WordPress gerida, que tratam de muitas destas camadas para o utilizador. Esta é uma proposta de valor significativa para pequenas empresas ou indivíduos sem conhecimentos de segurança dedicados.

    Gestão de Crises: Da Violação à Remoção da Lista Negra

    Resposta Imediata a Incidentes

    Quando ocorre uma violação, uma resposta rápida e metódica é crucial para minimizar os danos.

    1. Colocar o site em quarentena: O primeiro passo é colocar o site offline ou exibir uma página de manutenção. Isto impede que mais visitantes sejam infetados ou que os atacantes exfiltrem mais dados.

    2. Alterar todas as credenciais: Altere imediatamente todas as senhas associadas ao site: utilizadores administradores do WordPress, contas de FTP/SFTP, painel de controlo da hospedagem e palavras-passe da base de dados.

    3. Iniciar uma verificação completa: Utilize uma ferramenta de segurança fiável como a Sucuri, Virusdie ou a Wordfence para realizar uma verificação completa do site. O objetivo é identificar todos os ficheiros maliciosos, injeções na base de dados, backdoors e outras anomalias.

    O Processo de Remoção da Lista Negra da Google

    Ser colocado na lista negra da Google pode ter um impacto devastador no tráfego e na reputação. O Google Search Console (GSC) é a ferramenta definitiva para diagnosticar e resolver este problema.

    • Passo 1: Verificação e Diagnóstico:

      • Certifique-se de que o seu site está verificado no GSC, pois este é um pré-requisito.

      • Navegue até ao relatório de “Problemas de segurança” no GSC. É aqui que a Google lhe dirá explicitamente porque foi sinalizado (por exemplo, “Conteúdo pirateado”, “Malware”, “Páginas enganadoras”) e fornecerá URLs de amostra.
    • Passo 2: Limpeza Abrangente:

      • Utilize as informações do GSC e do seu scanner de segurança para realizar uma limpeza completa. Isto envolve a remoção de ficheiros maliciosos, a limpeza de tabelas da base de dados e a remoção de quaisquer páginas ou links de spam que tenham sido adicionados.

      • É crucial que também corrija a vulnerabilidade subjacente que permitiu o ataque em primeiro lugar (por exemplo, atualizar o plugin vulnerável). A Google não removerá a advertência se a porta de entrada continuar aberta.
    • Passo 3: Solicitar uma Revisão:

      • Quando tiver a certeza de que o site está 100% limpo e a vulnerabilidade corrigida, regresse ao relatório de “Problemas de segurança” no GSC.

      • Clique no botão “Pedir uma revisão”.

      • No formulário de submissão, forneça um relato detalhado e honesto dos passos que tomou para limpar o site e corrigir a vulnerabilidade. Quanto mais detalhes fornecer, melhor. Por exemplo: “Removemos o spam de SEO da base de dados, eliminámos um utilizador administrador malicioso e atualizámos o ‘Plugin Exemplo’ vulnerável da versão 1.2 para a 1.3”.
    • Passo 4: O Período de Espera e Pós-Revisão:

      • O processo de revisão pode demorar alguns dias e não há forma de o acelerar.

      • Se a revisão for bem-sucedida, os avisos nos navegadores e nos resultados de pesquisa serão removidos.
      • Se a revisão for rejeitada, a Google informará que o problema persiste, por vezes fornecendo novos URLs de amostra. Terá de repetir o processo de limpeza e revisão.

    O processo de revisão da Google não é apenas uma verificação técnica; é um teste de diligência. A Google quer ver que o proprietário do site não só limpou os sintomas (o malware), mas também corrigiu a causa raiz (a vulnerabilidade). O processo é concebido para forçar os webmasters a melhorar a sua postura de segurança, em vez de realizarem apenas uma limpeza superficial. Este processo pode ser complexo, stressante e demorado para um não especialista. O potencial de rejeições repetidas e de tempo de inatividade prolongado do negócio cria um forte argumento financeiro para a utilização de serviços profissionais de limpeza e remoção de listas negras (como os oferecidos pela Sucuri, Wordfence ou MalCare), que possuem relações estabelecidas e experiência na navegação deste processo exato.

    Perspetiva Estratégica e Observações Finais

    A análise dos dados de 2024 e do primeiro semestre de 2025 revela um cenário de ameaças que evolui a um ritmo alarmante. As principais tendências — a velocidade acelerada da exploração de vulnerabilidades, a profissionalização do cibercrime com a IA como ferramenta chave e a fragilidade crítica do ecossistema de plugins por corrigir — definem os desafios de segurança para o futuro próximo.

    A previsão é que estas tendências continuem durante o resto de 2025. Espera-se um aumento de ataques mais sofisticados e impulsionados por IA, e um foco contínuo na exploração da lista cada vez maior de vulnerabilidades por corrigir em software de terceiros.

    A mensagem final é clara: no atual panorama de ameaças, a segurança de websites não é uma tarefa única ou a instalação de um único plugin. É um processo contínuo de gestão de risco que exige uma abordagem em camadas, proativa e resiliente. O custo da inação — medido em perda de dados, danos à reputação e interrupção do negócio — é mais elevado do que nunca. A adoção da estrutura abrangente delineada neste relatório é essencial para navegar os desafios de 2025 e mais além.

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